Já faz quase um ano que não atualizo o Blog, porém agora
estou de volta aos pitacos e patacoadas.
Recentemente
estive em Abrolhos, em uma viagem de Live-aboard, na embarcação Netuno, onde
fiz mergulhos memoráveis.
Porém,
esta postagem não é sobre os mergulhos que fiz lá, e sim sobre uma velha
novidade: Mergulho livre.
Durante
minha estadia por lá, fiz bastante snorkelling, e tive contato com um
mergulhador livre, e caçador, que estava em nosso barco. Num primeiro momento
me causou imensa estranheza o fato de que alguém participaria de um live-aboard
somente para fazer apneia... porém vi que fazia sentido!
Sempre
duvidei de minha capacidade de mergulho “no peito”, porém nunca havia recebido
instrução nesse sentido. Após uma rápida orientação, comecei a fazer algumas
incursões em apneia, e, mesmo com equipamento inadequado a esta modalidade, vi
que era capaz de mergulhar melhor do que esperaria.
Isso me
fez refletir: alguns amigos, que praticavam caça sub, sempre disseram que é na
apneia que realmente se aprende a mergulhar, e lamentam profundamente o fato de
que o mergulho livre perdeu seu espaço nos cursos demergulho.
Em seu
“Deep Diving”,no primeiro capítulo, Brett Gilliam ressalta as conquistas dos
mergulhadores livres, seus feitos, concluindo que bons apneístas costumam ser
melhores mergulhadores do que aqueles que nunca fizeram mergulho livre.
Também
relembro que alguns manuais antigos, como o ”Super Sub”, de Américo Santarelli,
dedicam a maioria absoluta do texto à prática do mergulho livre, e da caça
submarina, embora também versem sobre mergulho autônomo.
Refleti
muito, e vi o quanto é realmente uma pena que o mergulho livre, antes passo
praticamente obrigatório para iniciar a “escafandria”, tenha sido sumariamente suprimido dos cursos
de mergulho.
Não
tenho dúvidas que mergulhos em apneia consistem uma valiosíssima ferramenta de
crescimento do mergulhador, permitindo que este conheça seus limites, saiba
buscar meios de melhorá-los, além de permitir uma real intimidade com a água e
o meio ambiente marinho.
Ao
realizar aquelas despretensiosas imersões livres, vi o quanto o mergulho livre
pode ser bacana, então, resolvi me iniciar no mergulho livre, e também na caça
submarina, atividade que alguns eco-chatos condenam, mas, sem dúvida alguma,
consiste em forma altamente sustentável de pesca, pois é seletiva, e não causa
dano colateral. Basta dizer que não mata animais sem valor comercial, como
ocorre no arrasto, por exemplo.
Mergulho
autônomo, e meu interesse por naufrágios continuarão sendo meus norteadores,
porém, diversificarei minhas atividades na água, com a consciência de que sou
total principiante nessa atividade... Espero viver boas experiências (e poder
compartilhá-las aqui).
PS – Para aqueles
que condenam a caça submarina, chamando-a de atividade predatória, etc., que
não venham me encher com suas críticas, para logo depois pedir um prato a base
de peixe no restaurante.
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